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CAPITAL PERNAMBUCANA DE QUEIJO DE COALHO

sexta-feira, 18 de março de 2016

Uma Terra Venturosa: Parte III

Recordar é viver, já dizia o ditado, por isso recordo que na saída para Alagoinha não havia quase nenhuma casa e, a pedido de meu pai, ia buscar queijo de manteiga na fábrica de Zé Cachoeira, sempre com um medo “arretado” do cachorro que tinha na fábrica. O tempo passou e a cidade se expandiu de forma que o sítio de Seu Zuca Andrelino agora não é mais sítio, é uma “extensão” da Rua José Alves Bezerra, a Rua e a Travessa Maria Lenice não existiam, eram mata e pedras, nesse caso não existia a Escola Delmiro. Nem em sonhos esperaríamos que ali perto, por traz do Fórum, teríamos antenas de telefone fixo e celular. Recordo dos antigos Barracos e que num deles trabalhava Seu João Relojoeiro, dono de uma risada inconfundível. Por ali também ficava o frigorífico de Zé Cochila; nesses barracos ainda hoje funcionam alguns comércios, na Rua Antônio Alexandre da Silva, esquina com a Rua Barbosa Lima. Posto de gasolina só tinha o de Seu Dioclécio, o atual posto do centro da cidade, aliás, esse posto “virou” o sobrenome de uma pessoa alegre e carismática: João do Posto. Vizinho ao posto de gasolina ficava a casa e o ponto de Dona Socorro de Pedro Polaco que era fotógrafa, vale salientar que as fotografias não eram digitais, na época só existiam câmeras que funcionavam à pilha e filme fotográfico, as pessoas esperavam dias para ver o resultado das fotos, pois as mesmas eram reveladas fora de Venturosa. Ao lado da Rodoviária tinha um bar do sogro de Seu Edvaldo da Celpe onde se vendia suco numa garrafa pequena de vidro, a sensação do estalo da garrafa nos lábios era maravilhosa, chegava a dar um sabor especial ao suco. No lugar da estrutura que fica no “trevo” que dá acesso a estrada que leva à Alagoinha, ficava um pilar onde tinha um relógio, pena que nem sempre dava a hora certa. Na esquina que hoje é o frigorífico de Leila, filha do saudoso Beto, funcionava o ponto de Altemir Victor. Entrando na Rua Antônio Beliu, tinha a venda do pó de bolacha que era onde hoje funciona a Loja D’fill e o proprietário era seu João Beliu, a venda desse produto era muito popular; quase em frente era o armazém de farelos e rações de Geoz Marinho. Bem antes de ser o Mercado de Bodinho, ali era a casa e a Banca de Jogo do Bicho de Seu Rocha que tinha um filho conhecido como “Chi” que tinha mais ou menos dois metros de altura. Antes de se tornar o Hipermercado Emanuel, naquele lugar funcionava o Clubinho, lugar de muitos encontros e reencontros, muitas paixões e muitos shows dos Trovadores, lugar onde aconteciam as inesquecíveis serestas. No mesmo prédio funcionava, na parte de cima, uma sorveteria e bar de Gilvan Andrelino e Sônia Regina, onde tomei muito sorvete de ameixa; o clubinho ficava num tipo de subterrâneo, o acesso era por uma escadaria. Recordo que um dos funcionários do Clubinho era Geneci. O BANDEPE era o banco que funcionava no mesmo prédio do atual Banco do Brasil, depois foi transferido para o prédio onde funcionam atualmente os CORREIOS e um certo tempo depois o Banco fechou; no BANDEPE trabalhavam Joana Dark, filha de Carminha Caxeado, Seu Lemos, Gilvan Mendonça, entre outros. A loja A Movelar funciona no local que era o Armazém de Paulo Tenório. A outra esquina do popular Beco dos Correios onde agora funciona uma ótica, era a casa e a farmácia de Algo Gustavo. As mudanças não acabaram. Sem que a gente perceba o tempo muda a cara de nossa origem e não podemos deixar isso morrer, desaparecer no espaço. Ah, que saudade!!!

Por Francis Airon de Brito


Obs.: A primeira e a segunda parte dessa "narrativa" foram postadas anteriormente, caso queira conferir, é só dar uma olhada nos posts mais antigos.



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