A Bíblia Sagrada traz um texto muito interessante ao fazer uma analogia que compara a da vida como a fumaça que logo se desfaz. Lá se foram dois anos. 730 dias. Há um ano o texto que segue foi apresentado na Escola Municipal Professora Jurema Rodrigues Alexandre, no aniversário de falecimento de um ano da inesquecível Leane Vaz. Segue o texto na íntegra:
Só restam saudades!
Assim como tantas outras
pessoas, ela tinha como um de seus objetivos ajudar as pessoas. Foi religiosa
assídua, como poucos o são. Professora dedicada, como poucos há. Seu último
sonho pelo caminho deixado, mesmo que não tenha sido inteiramente concretizado,
ainda foi suporte para muitos. Desejou ser uma psicanalista, o que lhe traria
realização pessoal e profissional. Mas a vida... A vida sempre nos
surpreendendo. Era a simplicidade em pessoa. Poucas vezes “desceu do salto”,
poucas vezes “perdeu as estribeiras”. Em
poucas conversas que tivemos no último ano de trabalho juntos, a
sua preocupação com a realização profissional e pessoal dos nossos alunos era
notória. Preocupava-se não só com os alunos, mas com os colegas de trabalho
também. “O que a gente pode fazer para ajudar fulano? Sorria Francis, é
sexta-feira! Que cara animada! (ironia)”: eram frases frequentes daquela pequena
notável. Sempre bem vestida e sorridente, é assim que me lembro dela. Os colares
e o blazer eram sua marca registrada. Em um de nossos últimos contatos
disse-lhe: vai nos deixar, não é, "covarde"?! Ela me respondeu que seria melhor
para ela, para abrir seu consultório, que estaria mais perto de seu esposo, que isso a deixou feliz, pois fazia tempo que pleiteava por aquela transferência. Ao que
respondi: pois se é o que você quer e você está feliz, também fico feliz. Boa
sorte. Vai com Deus.
De
repente as coisas mudam de lugar. Quarta-feira, 24 de julho de 2013. Dia da
entrega dos certificados do PROERD. O telefone de Camylla - nossa colega de trabalho - toca e sua reação ao
atendê-lo mostra que a notícia não era boa. "Acidente!? Tem certeza!? Com
Leane..." Silêncio por alguns segundos. O suficiente para me deixar nervoso. Foi
o quê? Perguntei. Com voz trêmula e claramente nervosa Camylla me dá a
notícia. Em pouco tempo a confirmação. Professores chorando. Alunos chorando.
Uma Escola inteira chorando. A cidade não acreditava no que tinha acontecido.
Mas aconteceu. Por quê? Como? Não sei. Talvez nunca saibamos. O que sabemos é que
jamais a esqueceremos. Nunca! Para muitas pessoas a saudade agora tem nome e
sobrenome: Leane Vaz.
Francis Airon de Brito
Venturosa, 24 de julho de 2014
Foto: Internet (Rede Social)
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